Nome Original: Animal Man #10 ao #17 e Secret Origins #39
Editora/Ano: Panini, 2015 (DC/ Vertigo, 1989)
Preço/ Páginas: R$26,90/ 244 páginas
Gênero: Alternativo/ Super-Herói
Roteiro: Grant Morrison
Arte: Chas Truog, Doug Hazlewood & Tom Grummet
Sinopse: Buddy Baker é um super-herói – o homem com poderes de animais. Mas, no mundo de hoje, quem precisa da ajuda de um Homem-Animal? A humanidade… ou os próprios seres dos quais ele toma emprestados os poderes? Ou seria Buddy quem mais necessita de ajuda? Essas perguntas se tornam mais incômodas e as respostas ainda menos claras neste encadernado que reúne o segundo volume da espetacular série de Grant Morrison. Enquanto Buddy tenta encontrar o caminho a seguir, uma crise ainda maior de identidade o espreita – uma que não afeta apenas sua vida, mas os próprios alicerces da realidade.
Nesse volume, temos uma edição de Origem Secreta, uma introdução às origens dos poderes do Homem-Animal, que é tratada nas histórias seguintes. Grant Morrison cria um conflito entre Buddy Baker pré e pós-Crise nas Infinitas Terras que se estende por algumas histórias, deixando um ar de “o que está acontecendo por aqui” na maior parte do tempo. Superficialmente, entendemos a questão de realidades paralelas e dos alienígenas que as manipulam, mas (mais uma vez) faltou uma contextualização da Panini (nem que seja como Nota do Tradutor) de dar uma pincelada em que Crise é essa que estão falando.
Se o volume anterior já tinha sido bom, este volume explica o porque desta fase ser considerada um dos maiores clássicos das HQs. Morrison usa das histórias do herói para levantar questões importantes como o racismo, o direito dos animais, e diversos dilemas de nossa sociedade. Morrison ainda vai além ao abordar o ecoterrorismo, quando o Homem-Animal começa a se questionar e rever seus métodos de atuação em defesa dos animais. Ao questionar o fanatismo, Morrison dá mais peso a mensagem que quer passar, ao deixar claro que ele não é maniqueísta, nem em prol de suas militâncias. Além disso, ao mesmo que aborda essas temáticas, a trama principal é recheada de mistérios e reviravoltas insanas, literalmente de explodir cabeças. O roteiro também começa a dar mais espaço para o arco principal de histórias, nos apresentando personagens como Walter o Pirata Psíquico, e começando a fazer uso de verdade de metalinguagem (se você acha que Deadpool foi um exemplo de bom uso dessa quebra da quarta parede, é porque ainda não leu isto aqui).
Enfim, definitivamente, é um material indispensável, seja você amante ou não de quadrinhos.
Já a arte em alguns momentos é incrível, como quando o Mestre dos espelhos “quebra a realidade” ou Buddy se auto-multiplicando através das características das bactérias em seu corpo (momento “?” da edição), mas é uma arte bastante oitentista, algumas cenas não envelheceram bem. Mas, de maneira geral, ela é boa e entrega algumas sequências bem inovadoras, as expressões também merecem destaque. O próximo volume é o último com Morrison nos roteiros, fica a expectativa.
Até a próxima






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